Fenitoína (Dilantin)

Fenitoína (Dilantin)

A fenitoína é um medicamento anticonvulsivante usado para controlar convulsões em várias condições neurológicas. É conhecida pelo seu nome comercial, Dilantin. A fenitoína é particularmente eficaz no tratamento de convulsões tônico-clônicas generalizadas e convulsões parciais.

Indicações

  • Controle de convulsões tônico-clônicas (grande mal).
  • Tratamento de convulsões parciais complexas.
  • Profilaxia de convulsões durante ou após neurocirurgia.
  • Tratamento de arritmias ventriculares (uso off-label).

Mecanismo de Ação

A fenitoína atua estabilizando a membrana neuronal e reduzindo a atividade neuronal anormal. Isso é conseguido através da inibição dos canais de sódio dependentes de voltagem, o que impede a propagação de impulsos elétricos excessivos no cérebro.

Posologia e Administração

  • Convulsões: A dose inicial típica é de 300 mg por dia, administrada em doses divididas. A dose de manutenção geralmente varia de 300 a 400 mg por dia.
  • Profilaxia de Convulsões: A dose pode ser ajustada com base na resposta clínica e nos níveis sanguíneos de fenitoína.
  • Arritmias: Doses específicas para arritmias devem ser determinadas pelo médico.

A fenitoína deve ser tomada com um copo cheio de água para evitar irritação gastrointestinal e preferencialmente com alimentos para melhorar a absorção. A administração intravenosa é usada em situações agudas, como status epiléptico.

Efeitos Colaterais

A fenitoína pode causar uma série de efeitos colaterais, variando de leves a graves:

Comuns:

  • Tontura
  • Sonolência
  • Dor de cabeça
  • Náusea e vômito
  • Problemas de coordenação
  • Hiperplasia gengival (crescimento excessivo da gengiva)
  • Hirsutismo (crescimento excessivo de pelos)
  • Erupções cutâneas

Graves:

Interações Medicamentosas

A fenitoína tem um alto potencial de interação com outros medicamentos. Alguns exemplos incluem:

  • Modafinila (Stavigile): Pode reduzir os níveis de fenitoína, diminuindo sua eficácia anticonvulsivante.
  • Contraceptivos Hormonais: A fenitoína pode diminuir a eficácia dos contraceptivos hormonais, aumentando o risco de gravidez.
  • Anticoagulantes (Varfarina): Pode aumentar ou diminuir a eficácia da varfarina, necessitando de monitoramento frequente dos tempos de coagulação.
  • Ácido Valproico: Pode aumentar os níveis de fenitoína, potencializando seus efeitos e aumentando o risco de toxicidade.

Considerações Especiais

  • Monitoramento: É crucial monitorar os níveis sanguíneos de fenitoína para evitar toxicidade e garantir eficácia. O intervalo terapêutico usual é de 10-20 mcg/mL.
  • Gravidez: A fenitoína é teratogênica e pode causar defeitos congênitos; deve ser usada com extrema cautela durante a gravidez.
  • Retirada Gradual: A retirada da fenitoína deve ser feita de forma gradual para evitar convulsões de rebote.
  • Superdosagem: Em caso de superdosagem, os sintomas podem incluir ataxia, nistagmo, disartria e depressão respiratória. É necessário procurar atendimento médico imediato.

Armazenamento

A fenitoína deve ser armazenada em temperatura ambiente, longe da luz e da umidade. Manter fora do alcance das crianças.

Essas informações são cruciais para garantir o uso seguro e eficaz da fenitoína, bem como para reconhecer e gerenciar potenciais efeitos adversos e interações medicamentosas.

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